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O Combate Espiritual – Capítulo II

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;
na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca
.”
(Mt 26:41)

A desconfiança de nós mesmos

A desconfiança de nós mesmos, nos é necessária neste combate de tal maneira, que sem ela devemos ter por certo que não só não poderíamos conseguir a desejada vitória, como não venceríamos a menor das paixões. (Mt 26:41)

Importa que desta verdade fiquemos bem persuadidos, porque nossa natureza corrompida nos empurra a ter uma vã e errada estimação de nós mesmos. Apesar de sermos um nada verdadeiramente, nem por isso deixamos de nos persuadir de que prestamos para alguma coisa, e que sem fundamento algum presumimos poder alcançar por nossas forças. (cf. Lc 17:10 ; Ro 6:16-23)

Este defeito se conhece dificultosamente, e desagrada muito aos olhos de Deus, que deseja e quer em nós um fiel conhecimento desta certíssima verdade na qual toda graça e toda virtude vem Dele, que é fonte de todo o bem, e que nós mesmos somos absolutamente incapazes de ter ao menos um pensamento bom, que lhe seja agradável. (cf. 1Co 2:12 ; 2Co 4:7 ; Ef 2:8)

E sendo também esta tão importante desconfiança uma obra do seu poder divino, um dom que ele dá aos seus amados servos, às vezes através de santas inspirações, outras vezes  com amargas provações, por tentações violentas e quase insuperáveis, ou com outros meios, que não podemos chegar a entender; apesar disto, querendo Ele que juntamente façamos de nossa parte o que convém, eu vos proponho quatro meios, que com a graça de Deus, podereis conseguir esta desconfiança. (1Pe 1:6 ; At 14:22 ; Ro 5:2-5 ; 1Co 2:5)

Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar,
segundo a sua boa vontade
.”
(Filipenses 2:13)

O primeiro é que vos considereis e conheçais a vossa vileza, e limitado ser, e que não sois capazes de obrar bem algum por vós mesmos, por onde mereçais entrar no Reino dos Céus. (Lc 17:10 ; 2Co 9:8 ; Mc 8:34)

O segundo, é que com fervorosas e humildes orações peçais esta importante virtude ao Senhor, aquele que é o único que nos a pode dar. Confessemos primeiro que, não somente não a temos, mas que por nós mesmos estamos numa plena impotência de obtê-la. Desta maneira nós nos apresentamos aos pés do Senhor com uma confiança firme em Sua bondade, e perseveremos na oração, até quando sua Divina Providência julgue conveniente conceder nosso pedido. (Ef 3:20 ; Ro 15:13)

O terceiro meio é que nos acostumemos pouco a pouco a recear de nós mesmos e de nosso próprio julgamento, temendo a violenta inclinação de nossa natureza ao pecado, os inúmeros inimigos e a incomparável superioridade de suas forças, sua longa experiência de combate, suas astúcias e suas ilusões que os transformam a nossos olhos em anjos de luz, as armadilhas que eles nos pregam por todas as partes do caminho da virtude. (cf  Ef 6:10-18 ;  2Co 11:14)

O quarto meio é de entrarmos em nós mesmos  sempre que acontecer de cairmos em alguma falta, e então considerarmos vivamente até onde vai nossa fraqueza. Se Deus permite que tenhamos algumas quedas, é afim de que pela claridade desta luz, possamos nos conhecer melhor, desprezam-nos a nós mesmos como criaturas vis, e a desejar ser desprezado pelos outros (cf Lc 17:3). Sem esta vontade não pode haver desconfiança virtuosa, a qual tem todo o seu fundamento na verdadeira humildade e no conhecimento, que traz consigo a experiência (cf Ro 5:2-5). Porque bem claro se pode ver que quem deseja unir-se com a Luz Suprema e com a Verdade incriada, necessita do conhecimento de si mesmo, o qual a divina Piedade dá frequentemente aos soberbos e aos presunçosos através da experiência, deixando-os justamente cair em alguma falta da qual imaginam que poderão se livrar; assim desta forma acabam por se conhecer e por aprender a desconfiar em tudo de si mesmos. (2Co 11:30)

Mas não costuma valer-se o Senhor deste meio tão miserável, se não quando os outros meios mais piedosos  não obtiveram o efeito que esperava Sua misericórdia.  Esta permite que caia o homem com mais ou menos frequência, se ele tem mais ou menos orgulho e própria estimação, de modo que  onde não se acha sombra de presunção, como foi na Bem-aventurada Virgem Maria, da mesma maneira não haverá sinal algum de queda.

Assim, quando cairmos, corramos imediatamente com o pensamento ao humilde conhecimento de nós mesmos, e com oração pedir ao Senhor que nos dê a verdadeira luz para nos conhecermos e desconfiarmos inteiramente de nós mesmos, se não queiramos cair de novo nas mesmas faltas ou em faltas ainda mais prejudiciais à salvação de nossa alma.

Ore para resistir à tentação

Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
Não me lances fora da tua presença,e não retires de mim o teu Espírito Santo.
Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com
um espírito voluntário
.”
(Salmos 51:10-12)

Davi escreveu essas palavras depois que o profeta Natã confrontou-o sobre o adultério com Bate-Seba. Para seu crédito, Davi reconheceu o pecado. O salmo é, portanto, uma súplica por pureza e uma oração em que Davi clama a Deus para ser restaurado na alegria de um relacionamento reto. Davi, no entanto, poderia ter-se poupado de muito sofrimento e tristeza (assim como a Bate-Seba e seu marido) se primeiro tivesse levado a Deus seus sentimentos por Bate-Seba.

Deus quer que vivamos em completo contraste com o mundo. O mundo está totalmente absorvido pela carne. Tentação sexual de um tipo ou de outro se encontra em toda parte. A atitude em relação ao sexo casual e à imoralidade em nossa sociedade avançou muito mais que a maioria das pessoas pode imaginar. Os que têm alguma percepção de seu propósito e da pessoa que Deus os criou para serem sabem que não se podem envolver nesse aspecto. O preço é alto demais. As consequências grandes demais.

Deus diz: “Que vos abstenhais das concupiscências da carnais, que combatem contra a alma“(1Pe 2:11). Aquilo que cobiçamos – seja sexo, bens materias, prestígio, dinheiro, poder – destrói nossa alma. Pode levar-nos a abandonar a paz. Não se trata de Deus não desejar que tenhamos nenhuma dessas coisas, mas que devemos nos submeter a seu caminho e a seu tempo, e permitir que Ele nos abençoe conforme sua vontade.

Existe um meio de resistir às tentações da carne, especialmente à tentação sexual: adorar a Deus. Essa deve ser, porém, a nossa primeira reação, e não a segunda, como resposta ao fato consumado. O rei Davi deveria ter agido assim. Entretanto, quando Bate-Seba descobriu que estava grávida, Davi tentou encobrir o adultério arranjando para que o marido dela fosse morto em combate.

Tudo começou com um pensamento pecaminoso. Ninguém comete adultério sem antes ter pensado nisso. É ao primeiro pensamento que a oração deve ser feita. Mais tarde Davi foi confrontado pelo profeta Natã, e o rei, para seu crédito, confessou tudo e mostrou-se profundamente arrependido. Mesmo assim, graves consequências resultaram de seus atos, não sendo a última e nem a menor delas a morte do filho recém-nascido de Davi e Bate-Seba. A partir dessa época coisas terríveis como assassinato, morte e traição se tornaram parte de sua familia e de seu reinado.

Todos cometem erros. Não permita que a culpa oriunda deles o separe de Deus ou o faça sentir-se distante Dele. Esse é o plano do inimigo para impedi-lo de obter o que Deus lhe reserva. Para vencer a tentação apresente-se ao Senhor tão logo ela lhe surja na mente pela primeira vez. Não espere como fez Davi. Não acolha esse pensamento nem por um momento. Vá a Deus imediatamente e confesse. A seguir louve-o como o Deus que é mais poderoso que qualquer tentação.

Escrito por: Stormie Omartian em A Biblia da Mulher que Ora.

Por causa do pecado que habita em mim!

Meus amados, qual será o motivo por que, por mais que estejamos em Cristo, o pecado insiste em bater em nossas portas? Por que será que continuamos sendo pecadores? Por que será que nosso corpo está sempre se inclinando para o mal?

É incrível, mas isto é uma verdade: por mais que estejamos em Cristo, o pecado não se afasta de nós!

Quantos de nós, crentes, se pegou envolto em maus pensamentos ou proferiu uma palavra que não gostaria de ter proferido ou ainda praticou um ato pelo qual depois se arrependeu? Creio que muitos! Ou melhor, tenho certeza de que isso já ocorreu com todos nós!

Se nós estamos em Cristo, qual seria o motivo pelo qual isso ocorreria? Por causa do pecado que habita em nós!

Em verdade, nós, cristãos, viveremos nessa constante batalha interna entre a natureza espiritual com seu desejo de obedecer a Deus e o desejo da natureza carnal em seguir seu próprio caminho!

Isso é bem retratado em Romanos (7:15-22):

Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;”

Como se nota, apesar de salvos, temos dentro de nós uma inclinação ao pecado, que a Bíblia chama de “velho homem” ou “velha natureza” (Rm 6:6; Ef 4:22; Cl 3:9).

Aliás, isso é tão verdadeiro que a própria Bíblia (I Jo 1:8) é peremptória ao afirmar que, “se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”!

Porém, apesar de nossa natureza perenemente pecaminosa temos que sempre estar buscando vitória sobre o pecado, pois somos exortados a não andar em pecado, porque “todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina emente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.” (1Jo 3)

Assim, não devemos deixar que “inclinação para o pecado” seja uma desculpa para pecar deliberadamente, devendo, pois, o pecado deve ser um acidente em nossas vidas! É como a palavra diz: “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está preparado, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41)

Só mais uma coisa: nunca esqueçam de nosso Advogado, Jesus Cristo, o Justo, pois Ele é propiciação para os nossos pecados!

Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”
(1Jo 1:8)

Escrito porRodrigo Aiache

Concupiscências

Antes de começar a apresentar o que Deus nos fala sobre as concupiscências e o mundo, dou-vos três definições de concupiscência:

  • Wikipedia: a tendência natural do ser humano de fazer o mal, como conseqüência do pecado original.
  • Aurélio: Inclinação a gozar os bens terrestres, particularmente os prazeres sensuais.
  • Catecismo da Igreja Católica: pode designar todas as formas veementes de desejo humano. A teologia cristã deu-lhe o sentido particular de impulso do apetite sensível, contrário aos ditames da razão humana. O apóstolo São Paulo identifica-a com a revolta que a «carne» instiga contra o «espírito» (Cf. Gl 5: 16-17, 24Ef 2: 3). Procede da desobediência do primeiro pecado (Cf. Gn 3, 11). Desre- gra as faculdades morais do homem e, sem ser nenhuma falta em si mesma, inclina o homem para cometer pecado (Cf. Concílio de Trento).

Concupiscência, essa palavra curiosa, cujo sentido às vezes é desconhecido de muitos, aparece em várias passagens da Bíblia (Antigo e Novo Testamento) sem- pre apontando para o sentido de um desejo eivado de pecado, ambição e ruptura com a lei de Deus. Para ajudar a nossa reflexão, vamos transcrever abaixo algu- mas citações bíblicas sobre o tema:

Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
(1João 2: 15-17)

Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.”
(Tiago 1:14-15)

“Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.”
(2Pedro 1:4)

Ao desobedecer a Deus, Adão e Eva não só pecaram, mas também abriram uma fonte de pecado: a concupiscência ou inclinação ao pecado que permane- ce em nós, mesmo depois de batizados; o batismo perdoa o pecado original, mas não elimina a concupiscência. São João fala de uma tríplice concupiscência: concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba de vida (cf. 1 João 2,16), conseqüência do pecado original que contradiz a razão e desordena as faculdades do ser humano. Em si mesma, a concupiscência não é um pecado, mas inclina ao pecado, ainda que não pode danar àquele que não consente, mas procura enfrenta-la com a graça de Cristo. É para isso também que recebemos a graça para o combate.

Objetivamente, o que é concupiscência? É desejo carnal incontrolável. Diz respeito não apenas aos apetites sexuais, mas a bens e gozos materiais. É o de- sejo, sem domínio, de saciar a qualquer custo a vontade do corpo, da carne.

A concupiscência dos olhos indica o desejo de ver ou presenciar cenas de violência, tumultos, pornografias, filmes eróticos, obscenidades, etc. A concu- piscência dos ouvidos é desejo de ouvir piadas imorais, ouvir músicas profa- nas, de dar ouvidos a boatos que agridem a privacidade e a moral das pessoas. A concupiscência dos lábios indica o desejo de dizer palavras imorais, chulas, indecentes (“palavrões”). Trata-se do desejo de comentar e conversar sobre a in- timidade das pessoas, das famílias, das autoridades. Concupiscência do estô- mago é o apego excessivo às boas iguarias, ao bom prato, ou a determinada es- pécie de comida. O glutão peca por esse tipo de concupiscência (cf. Gl5 , 16-21). Concupiscência, nesse aspecto, torna-se sinônimo de avidez, cobiça e ganância.

“O mundo passa com as suas concupiscências,
mas quem cumpre a vontade de Deus,
esse  permanece eternamente.”
(1João 2:17)

Todo o corpo doutrinário da Igreja, por séculos afora não cansou de combater todas as formas de pecado, especialmente as que têm sua gênese a partir da con- cupiscência e da sensualidade. Nós somos tentados naquilo que somos mais fra- cos. Igualmente o Catecismo da Igreja Católica é pródigo em referências e ad- vertências a respeito da concupiscência da carne e de seus efeitos danosos à vi- da, material e espiritual dos cristãos.

O Batismo confere a quem o recebe a graça da purificação de todos os pecados. Mas o batizado tem de continuar a lutar contra a concupiscência da carne e os desejos desordenados. Com a graça de Deus, consegui-lo-ei:

  • pela virtude e pelo dom da castidade, pois a castidade permite amar com um coração reto e sem partilha;
  • pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o verda- deiro fim do homem: com um olhar simples, o batizado procura descobrir e cumprir em tudo a vontade de Deus (Cf. Rm 12: 2; Cl 1: 10);
  • pela pureza do olhar, exterior e interior;
  • pela disciplina dos sentidos e da imaginação; pela rejeição da complacência em pensamentos impuros que o levariam a desviar-se do caminho dos mandamentos divinos: «a vista excita a paixão dos insensatos» (Sb 15: 5).
  • pela oração.

Muitos sucumbem por julgar que a vida reta depende só de suas próprias forças. Há no ser humano uma razoável força que o ajuda a vencer as tentações. No en- tanto, é prudente que se saiba que sem ajuda de Deus e a força do Espírito Santo, nada podemos fazer (Cf. Jo 15:4). É preciso buscar ajuda do Alto para lutar contra a concupiscência.

O coração é a sede da personalidade moral: «Do coração procedem as más in- tenções, os assassínios, os adultérios, as prostituições» (Mt 15: 19). A luta con- tra a concupiscência carnal passa pela purificação do coração e pela prática da temperança.

A sexta bem-aventurança proclama: «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5: 8). Os «puros de coração» são os que puseram a inteligência e a vontade de acordo com as exigências da santidade de Deus, prin- cipalmente em três domínios: a caridade (Cf. 1Ts 4: 3-9: 2Tm 2: 22); a castida- de ou rectidão sexual (Cf. 1Ts 4: 7; Cl 3: 5; Ef 4: 19); o amor da verdade e a ortodoxia da fé (Cf. Tt 1: 15; 1Tm 1: 3-4; 2Tm 2: 23-26). Existe um nexo entre a pureza do coração, do corpo e da fé:

Os fiéis devem crer nos artigos do Credo, «para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo a Deus, vivam como deve ser; vivendo como deve ser, purifiquem o seu coração; e purificando o seu coração, compreendam aquilo em que crêem» (Santo Agostinho, De fide et symbolo).

Aos «puros de coração» é prometido que verão a Deus face a face e serão seme- lhantes a Ele (Cf. 1Cor 13: 12; 1Jo 3: 2). A pureza do coração é condição prévia para a visão. Já desde agora, permite-nos ver segundo Deus, aceitar o outro como um «próximo» e compreender o corpo humano, o nosso e o do próximo, como um templo do Espírito Santo, uma manifestação da beleza divina.

A conversão a Cristo, o novo nascimento pelo Batismo, o dom do Espírito Santo, o Corpo e o Sangue de Cristo recebidos como alimento nos tornaram “santos e irrepreensíveis diante dele” (Ef 1:4), como a própria Igreja, esposa de Cristo, é “santa e irrepreensível” (Ef 5:27). Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a incli- nação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que continua nos ba- tizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. É o combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.

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